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Belas Adormecidas – Stephen e Owen King (CONTÊM SPOILERS).

A colaboração entre pai e filho fez com que o terror e a fantasia se juntassem em uma obra memorável.

Imagine viver em um mundo onde todas mulheres estão dormindo em sono profundo, sem hora para acordar. Esse pesadelo é mostrado em Belas Adormecidas, mais um romance do famoso escritor de terror Stephen King, com colaboração do filho mais novo Owen King.


Stephen King, o “rei” do horror, já tem seu nome consolidado na história como um dos maiores escritores dos gêneros terror e suspense. Tendo mais de cinquenta livros publicados, o autor coleciona obras excelentes como: O Iluminado, A Dança da Morte, O Cemitério e It – A coisa. Seu filho mais novo, Owen King, ainda está criando seu “currículo literário”, mas tem um incrível dote para fantasia, entre suas obras podemos citar We’re All in This Together, Double Feature e Intro to Alien Invasion.


A narrativa de Belas Adormecidas começa de maneira curiosa, nos apresentando Evie Black, que depois vários incidentes interligados a quebra de leis da pequena cidade de Dooling, é mandada para a prisão feminina mais próxima. Após a aparição de Evie o mundo começa a presenciar um verdadeiro pânico. Todas as mulheres que estavam dormindo começam a produzir uma espécie de casulo, como o período em que uma lagarta passaria para se transformar em uma borboleta, entrando em um sono profundo. Se forem retiradas desse casulo a força, a mulher instantaneamente desperta com uma raiva cega, querendo acabar com tudo o que há em seu caminho.


A partir desse momento, a população mundial é drasticamente reduzida ao gênero masculino que se divide em duas grandes concentrações, os que querem descobrir a cura para esse incidente e os que somente querem ver o circo pegar fogo.


Voltando a cidade de Dooling, na prisão feminina, o psiquiatra da prisão, Clint Norcross, confronta Evie de maneira cética. Clint também entra em um verdadeiro mistério quando Evie aparenta ser imune a toda essa situação, podendo dormir e acordar sem nenhuma presença de casulo, mas o que deixa o homem transtornado é que a mulher também comenta ter a chave para acordar as adormecidas.


A informação que existe uma mulher imune que se encontra na prisão feminina de Dooling, começa a se espalhar pela pequena cidade. Um grupo de homens enraivecidos com toda a situação, se dirige até a penitenciaria, pedindo que Evie seja entregue a eles. Nesse mundo de extrema violência e agonia masculina, a causa, e possível cura, para toda a situação deve ser deixada de lado e aniquilada, como se fosse um mal em comum.


O livro foi lançado em 26 de setembro de 2017 e ainda hoje consegue discutir temas como o feminismo, machismo e o uso excessivo de drogas. Os Kings conseguem envolver o leitor do inicio ao fim, misturando o famoso terror e suspense do pai com a fantasia surpreendente do filho. As visões de mundo de cada personagem são justificadas de forma excepcional, fazendo com que o leitor se afeiçoe a eles com muita facilidade. Entretanto a obra parece deixar certos recursos de lado, um bom exemplo é a existência da Brigada do Maçarico, que nos é apresentada como um grupo que somente quer instaurar o caos, mas é muito mal utilizada na trama, aparecendo em momentos com extrema conveniência.



Apesar de tudo, Belas Adormecidas é um ótimo livro para se passar um bom tempo na quarentena, garantindo boas horas de leitura de uma trama extremamente atual e fantástica que só os Kings poderiam proporcionar.

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